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O Desprezo Pela Dignidade Popular

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Na lógica dos privilegiados, até mesmo  uma situação relacionada apenas a estabelecer a mínima condição de estabilidade e dignidade aos trabalhadores é sempre vista como um problema.

Uma recente declaração de um “analista” econômico da CNN Brasil, tratou a alta na geração de empregos no Governo Lula como um “sinal de alerta”:

  • Não se trata de um lapso ou exagero retórico, mas, sim, de uma demonstração crua da ideologia dominante entre os setores que se beneficiam da desigualdade — desprezo pela dignidade popular;
  • Para essas pessoas, o pleno emprego não é uma meta desejável para a economia, pasmem, mas uma ameaça. 

Esse caso somado à infame proposta de Armínio Fraga — ex-presidente do Banco Central — que sugeriu congelar o Salário Mínimo por seis anos, revela a resistência profunda, das denominadas elites nacional, a qualquer avanço que fortaleça os trabalhadores e amenize ou reduza o imenso abismo social existente no Brasil.

No capitalismo contemporâneo, o desemprego estrutural é funcional:

  • Ele pressiona salários para baixo, reduz a capacidade de mobilização dos trabalhadores e mantém as margens de lucro elevadas;
  • Ou seja, o desemprego é usado como ferramenta de dominação.

Um mercado de trabalho aquecido — no qual o pleno emprego se aproxima — dá aos trabalhadores poder de barganha: 

  • Isso assusta as elites econômicas que se acostumaram com a mão de obra barata e a fragilidade social como norma;
  • E os mesmos analistas que aplaudem lucros recordes e dividendos bilionários para acionistas, “denunciam como perigosa” a valorização real do Salário Mínimo ou a elevação dos rendimentos da base da pirâmide  — o argumento? Pressiona a inflação.

A farsa da “inflação de salários”, omite a realidade que a inflação brasileira é mais sensível ao câmbio, aos preços administrados e ao comportamento dos juros do que ao salário do povo:

  • Essa narrativa serve apenas para justificar juros altos e “austeridade” — que significa cortes em direitos básicos em setores como saúde, educação e infraestrutura, e também em programas sociais;
  • Mantendo, assim, o povo sob controle e os rentistas satisfeitos.

Dessa forma, ignorando o papel do Salário Mínimo na dinamização da economia, na redução da pobreza e na valorização do trabalho, jogam no colo dos trabalhadores toda a conta da economia — enquanto os ricos seguem intocados. 

Enfim, criticar o pleno emprego e o aumento real do Salário Mínimo — algo que deveria ser celebrado — revela o pensamento que domina a mídia corporativa que representa a elite do atraso no Brasil:

  • Uma visão que mede o sucesso da economia pela “tranquilidade” dos mercados;
  • Não pela dignidade da maioria da população.

É claro que o Brasil com mais empregos, salários valorizados e políticas públicas sociais não representa qualquer ameaça à economia — apenas incomoda uma parcela de privilegiados que sempre lucrou com a miséria alheia:

  • O verdadeiro sinal de alerta, não é o povo com emprego e salários mais justos;
  • É a persistência de uma “elite” que teme perder seus privilégios diante de uma sociedade menos desigual — uma verdadeira afronta à dignidade popular.

Num sistema que insiste em funcionar à base da subjugação popular, em que se subtrai até o mínimo necessário à subsistência, defender o Pleno Emprego e a Valorização do Salário Mínimo não é apenas uma política econômica.

É uma necessidade histórica e um ato de coragem contra os poderosos de sempre — assim fez Getúlio — de uma só vez, assim faz Lula — passo a passo.

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